O que fazer na Romênia?

Todo mundo me pergunta como eu fui parar em Bucareste, e a resposta é simples… Promoção da Ryanair! Paguei 5€ a ida e 5€ a volta. Nunca tinha imaginado ir pra lá, mas graças à essa promoção conheci um país lindo com uma história de superação sensacional!

Bom, primeiro de tudo, fiquei só duas noites em Bucarest (vida de trabalhador não é fácil) mas com certeza gostaria de ter ficado pelo menos um dia a mais pra poder ver todos os museus e monumentos por dentro.
Chegamos quinta a feira a noite, e na sexta optamos por fazer o tour à Transilvânia.

DIA 1 – TOUR PARA A TRANSILVÂNIA

  1. PELES CASTLE, Sinaia
    Bom, pra começar o Peles Castle é considerado um dos castelos mais bonitos da Europa, portanto, não seja bobo e pague a taxa para tirar fotos do interior do castelo.
    O Castelo de Peles era a residência de verão da família real da Romênia, tendo sido construído em estilo romântico, entre 1873 e 1883, a mando de Carol I de Hozenzollern-Sigmaringe, que era o rei da Romênia na época.O castelo era na verdade o palácio real, e isso explica tamanha beleza e cuidado em cada detalhe da decoração. O palácio abriga uma das melhores coleções de arte da Europa Central e Oriental, que consiste em estátuas, pinturas, móveis, armas e armaduras, ouro, prata, vitrais, marfim, porcelana fina, tapeçarias e tapetes.A coleção de armas e armaduras tem mais de 4.000 peças, divididas entre as peças cerimoniais ou caça, pedaços de guerra orientais e ocidentais e se espalhando ao longo de quatro séculos de história. Tapetes orientais vêm de muitas fontes: Grécia, Pérsia, Uzbekistan, Iraque e Turquia. A porcelana é de Sèvres e Meissen (França); o couro é de Córdoba. Talvez os itens mais aclamados são os vitrais pintados à mão, que são na sua maioria suíços.

    As visitas são são guiadas por um guia do local. Existem dois tipos de passeio, o mais “enxuto” e o completo. O passeio menor dura em torno de 1 hora, e é possível visitar todo o piso térreo e primeiro andar, foi esse que fizemos pois já estava incluso no  preço do nosso tour. No passeio mais completo você visita outras salas e quartos.
    Os horários de visita são 9:00-17h (quarta a domingo) e 11:00-17h (terça feira). Na segunda feira o castelo não abre para visitação.

  2. BRAN CASTLE (Castelo do Drácula), Brasov
    É completamente diferente do Castelo Peles, justamente porque o Castelo Bran foi construído para ser uma fortaleza, um castelo fortificado – e não um castelo real. Muita gente se decepciona com a visita ao famoso “Castelo do Drácula”, e vou dizer pra vocês, o castelo é sensacional por fora, a localização dele é muito bonita, mas realmente o seu interior não tem nada demais (ainda mais porque está praticamente vazio, sem mobília). E é por isso que eu recomendo fazer a visita aos DOIS castelos.
    História
    Em 1212, os Cavaleiros Teutônicos construíram o castelo de madeira de Dietrichstein como uma posição fortificada no Burzenland na entrada de um vale da montanha através do qual os comerciantes tinham viajado por mais de um milênio, mas em 1242 ela foi destruída pelos mongóis. A primeira menção documentada de Castelo de Bran é o ato emitido por Luís I da Hungria em 19 de Novembro 1377, dando os saxões de Kronstadt (Brasov) o privilégio de construir a cidadela de pedra em sua própria força de despesa e de trabalho. Em 1438-1442, o castelo foi usado na defesa contra Império Otomano, e mais tarde tornou-se um posto alfandegário na montanha entre a Transilvânia e a Valáquia.
    O governante da Valáquia Vlad Tepes (Vlad, o Empalador) 1448-1476 não parece ter tido um papel significativo na história da fortaleza, embora ele passou várias vezes pela Bran Gorge. Bran Castle pertencia aos reis húngaros, mas devido ao fracasso do rei Vladislas II para pagar os empréstimos, a cidade de Brasov ganhou a posse da fortaleza em 1533. Bran desempenhou um papel estratégico militarmente até meados do século 18. 
  3. CENTRO DE BRASOV
    Depois de visitar os castelos, fomos conhecer o centrinho de Brasov. Como estávamos na época dos “mercadinhos de Natal”, fomos presenteados com várias barraquinhas servindo doces e comidas típicas no centro da praça principal.
    Aproveitamos para jantar primeiro em um restaurante local, e depois fomos conferir os docinhos típicos na praça. Além de restaurantes típicos, existem restaurantes e fast foods internacionais, como o famoso KFC.

BUCAREST

Gente, que cidade e que povo sofrido viu? A história não beneficiou esse povo nem um pouco, mas eles foram guerreiros o suficiente pra reconstruir suas casas e suas cidades quantas vezes fosse preciso. Por que estou falando isso?
Bom, a história de ataques e tragédias começa entre os séculos XVI e XIX, onde a cidade assistiu a várias rebeliões contra os suseranos otomanos, lutas pelo poder no principado, crises de fome, epidemias de peste bubônica, cheias, terremotos e fogos, alguns deles ateados durante as lutas pelo poder e pelas intervenções militares otomanas*. Não bastasse isso a cidade era incendiada pelos otomanos e pelos seus aliados nogais a cada sete ou oito anos para reprimir as revoltas dos chefes locais.

As sucessivas guerras austro-turcas e russo-turcas afetaram Bucareste, que foi invadida em praticamente todas elas, por austríacos ou por russos. A primeira invasão deu-se durante a guerra austro-turca de 1716–1718 e a última, que na prática só terminaria em 1856, durante a Guerra da Crimeia. A cidade foi também afetada pela guerra da independência grega, a que esteve intimamente ligada a revolução de 1821 na Valáquia e Moldávia.

Em janeiro de 1838 a cidade foi afetada por um grande terremoto, e no ano seguinte por uma enchente. Em 23 de março de 1847, o Grande Fogo de Bucareste consumiu cerca de duas mil casas, ou seja, aproximadamente um terço da cidade. Parece que os romenos não tinham mesmo sorte, mas ali continuavam reconstruindo tudo que haviam perdido.

Em 1866 subiu ao trono Carlos I, que 15 anos depois seria proclamado rei da Romênia. Nesse período várias obras públicas e privadas tomaram se ergueram e o desenvolvimento industrial e comercial deu as caras.
Em 6 de dezembro de 1916, durante a fase mais intensa da Campanha Romena da Primeira Guerra Mundial, Bucareste foi ocupada por tropas das Potências Centrais (coligação entre a Alemanha e a Austro-Hungria). A ocupação durou 2 anos.
Foi sobretudo no período entreguerras, uma das épocas de maior prosperidade da história romena, que Bucareste adquiriu o cognome de “Paris do Oriente” ou “Pequena Paris” (em romeno: Micul Paris), devido à sua arquitetura elaborada e à sua natureza de centro cultural cosmopolita.
Com Carlos II, em 1938 o regime político de Bucareste se tornou fascista. Em 1944 Bucareste foi alvo de intensos bombardeamentos aéreos britânicos, americanos e posteriormente alemães. Em 1947 o regime comunista foi consolidado, e com ele construções ao estilo realista-socialista apareceram. A cidade cresceu em população e em área.
Entretanto um ditador surgiu, Nicolae Ceaușescu, que ascendeu ao poder em 1965, graças a ele grande parte das áreas históricas de Bucareste foram destruídas, incluindo antigas igrejas, para serem construídos edifícios maiores e mais modernos. Em 1977 outro grande terremoto deixou milhares de mortos e mais edifícios antigos ao chão. O regime comunista durou mais de 4 décadas e foi marcado por pobreza, racionamentos e miséria. Só durante a revolução de 1989 que houve a queda do governo comunista.
Hoje a arquitetura de Bucareste é um misto de construções antigas, com as megalomaníacas construções modernas do período comunista. Um povo que passou por tanta destruição e reconstrução, colhe hoje o reflexo das inúmeras invasões, tomadas de poder e regimes políticos.

ONDE COMER EM BUCAREST?
Não deixem de ir ao restaurante Caru’cu’bere, apesar de bem comercial é um restaurante tipico com uma comida maravilhosa e preço justíssimo. Além de comer e beber bem, você ainda pode apreciar as apresentações de música e dança da cultura romena.

Aqui tem mais uma lista com restaurantes de comida tipica em Bucareste pra você visitar e se deliciar.

CITY TOUR POR BUCAREST
Eu e meu amigo Wesley fizemos um city tour guiado pela cidade de Bucareste, assim nos economizaria tempo, dinheiro (porque pagava-se uma contribuição espontânea) e ainda nos possibilitaria ver a cidade e conhecer a história através de um morador local. A experiência foi ótima, passamos por vários pontos turísticos com calma e com as devidas explicações de cada um deles, pegamos dicas da cidade e ainda contribuímos de acordo com nosso bolso.
No site do TripAdvisor tem várias opções de city tours, eu indico o Walk tour, que é esse que você faz caminhando pela cidade.

CANTINHO DA LEITURA
Quer ler mais sobre a Romênia? Deixo aqui uma seleção de livros da Amazon para vocês 🙂
Guia O viajante – Europa oriental vol. 3
Viagens aos confins do comunismo
Por dois mil anos: um estudante judeu na Romênia antis semita dos anos 1930

 

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